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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ele é so um cara

e não a sua vida. E não todos os dias da sua história. E não todas as suas lágrimas juntas em um único sábado solitário. Ele não é o destino. É um cara.
Existem muitos destinos. E quer mesmo saber?
É um cara como todos os outros caras. Esse que te perguntou as horas no meio da rua podia ter sido ele e você nem ligou. O mendigo, o ginecologista e até o padre.
Ele estava ali o tempo todo. E ele não estava. Ele é só um deles. Vários. Uma legião. E ninguém.
Ele é só um cara que mal sabe escolher os próprios perfumes. Não sabe que nome daria a um filho. Ele é só um cara perdido como muitos outros caras que você encontrou.
E perdeu.
Ele é só um cara e você já esqueceu outros caras antes

ALERGICO AO AMOR

O barulho dos carros me machuca,
Perdi meu oxigênio e minha vontade
Enquanto a dor avança
Um quilômetro a mais
Enquanto eu fico aqui,você se vai


Nesta noite de estrelas imóveis
Seu coração é alérgico a mim
Ainda bate em mim por engano
Um milímetro atrás
Respiro em um congelador
E não sairei jamais

Já não curarei tua solidão quando a cidade dormir
Não estarei aqui para ouvir suas histórias bobas não
Porque você tem medo de sentir
Porque você é alérgico a sonhar
E perdemos a cor
Porque você é alérgico ao amor

Vou caminhando em tempestades elétricas
À procura de algum território neutro
Onde não ouço falar de você
Onde eu aprenda a esquecer
A não morrer e a não viver
Tão fora do lugar

Você sabe eu não vou cuidar dos seus passos
Eu não posso te defender de ti



Já não curarei tua solidão quando a cidade dormir
Não estarei aqui para ouvir suas histórias bobas não
Porque você tem medo de sentir
Porque você é alérgico a sonhar
E perdemos a cor
Porque você é alérgico ao amor

Vou deixar você procurar em todas o que você só vai achar em mim, mas não vou te esperar. Quando você perceber, será tarde demais. Mas eu deixo você olhar, porque você é lindo calado e eu falo para um plateia inteira. Se algum dia Manequim for objeto de palco, a gente se encontra.

Ontem a noite

me deu uma saudade enorme do tempo que eu te ligava,deitada na minha cama,pra te dar boa noite

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Medo de amar

Você diz que eu te assusto
Você diz que eu te desvio
Também diz que eu sou um bruto
E me chama de vadio
Você diz que eu te desprezo
Que eu me comporto muito mal
Também diz que eu nunca rezo
Ainda me chama de animal

Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo é do amor
Que você guarda para mim
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo de você
Você tem medo de querer...

Você diz que eu sou demente
Que eu não tenho salvação
Você diz que simplesmente
Sou carente de razão
Você diz que eu te envergonho
Também diz que eu sou cruel
Que no teatro do teu sonho
Para mim não tem papel

Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo é do amor
Que você guarda para mim
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo de você
Você tem medo de querer...
...me amar!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Eu

"Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.
Sou isso hoje...
Amanhã, já me reinventei.
Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.
Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina... E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar...
Não me dôo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil...e choro também!"

Saudade

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer

Deixando a alma falar

Há muito tempo eu queria ter um blog,mas acho q faltava coragem de me expor.Hoje não tenho mais medo, pois minha vida está muito transparente,todos estão vendo minha alma.E isso tem um lado bom e um ruim também,e tô aprendendo a lidar com esses dois lados.

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é"